segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sobre a peça Ana e o Mar



No dia 4 de julho eu acordei às 7 horas da manhã, já toda ansiosa. Separei figurino, acessórios, algumas maquiagens, roupas para tomar banho e produtos básicos de higiene. Cheguei no Auditório Pedro Salomão José às 10h. E o dia foi uma correria só! Era pérola do espelho soltando, era luzinha que eu esqueci de colar, eram ensaios. Mas cada segundinho daquela correria insana valeu a pena. Chorei quando senti a emoção à flor da pele. Não era um choro para aliviar, era aquele choro em que as lágrimas simplesmente brotavam e escorriam sem que eu pudesse interferir. Emoção mesmo, sabe? Minha primeira peça, uma personagem fantástica, uma história linda embalada pelas músicas do O Teatro Mágico. Eu não disse a todos os atores que estiveram comigo como sou grata eles por aceitarem essa menininha tímida e por partilharem aquele momento comigo, cada um dando tudo de si.

Perto da hora de abrir as portas para o espetáculo, cada ator se posicionou em um lugar do auditório. Eu fiquei em uma das escadas da entrada. Todos imóveis. Lágrimas subiam e eu nem sei como consegui segurar.  Eu via cada pé de pessoas adentrando o local passar por mim, eu sentia as luzes dos flashes de pessoas fotografando, eu ouvia as vozes. Então, tudo escureceu e a peça começou. Emoção foi ouvir as duas músicas iniciais, que nada tinham a ver com O Teatro Mágico. A primeira, para as pessoas entrarem, era Asa Branca. A segunda, na primeira cena, era Luar do Sertão (a história se passa no sertão). Era apenas Ana e seu pai, Zé Gusmão, no palco. No fim dessa cena tocava Ana e o Mar e então os personagens “despertavam”, saiam de seus lugares e se dirigiam ao palco. Dos fundos do teatro, um tecido enorme e azul, que simbolizava o mar, passou sobre a plateia. Eu, que vim lá da entrada, ouvi as risadas e os gritinhos de surpresa das pessoas e senti que tudo dali em diante seria incrível. A próxima cena enfim era da Chiara (minha personagem), numa pequena apresentação nada amigável, afinal, mesmo “travestida” de sereia, ela era na verdade uma bruxa má. Eu poderia escrever a peça inteira aqui, colocar uma por uma das músicas tocadas do OTM, passar por cada pequeno detalhe, mas ia ficar cansativo demais. Então, vamos as fotos (legendadas):

Fila na entrada! :D
Oração dos atores antes de começar a peça!

Na entrada. Chiara em uma das escadas que dá acesso ao teatro.
Detalhes da make. JURO que eu estava de olhos abertos nessa foto, só olhando para baixo. Mas esses cílios ENORMES me deixaram com carinha de "tou dormindo".
Chiara se apresentando como soberana dos sete mares
Chiara nos fundos, Ana, Zé Camarada e Bicudinha, a ararinha azul!

Bicudinha entregando um anel que dava poderes para entrar no fundo do mar à Ana

No final tivemos uma dança de guarda-chuvas com luzinhas e no momento dessa foto abrimos eles, fazendo uma chuva de papéis brilhantes cairem sobre Ana e seu pai, Zé Gusmão, simbolizando uma chuva real que caia no sertão, trazida pelo mar.
Detalhes da escova e do espelho (esse último eu tive que quebrar num momento de raiva da minha personagem! Que dó que deu depois... hahaha!)


guarda-chuva em camadas de cetim (quase morri pra faze-lo!). Ele ainda tem pérolas penduradas nas pontas, lindo demais (ainda mais com luz dentro)!
A autoria dessa peça incrível é de Jéfferson Radan.

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